A área ambiental do Governo de Minas teve a oportunidade de ampliar conhecimentos no manejo de bosques e a diversidade de bens e serviços que eles fornecem em uma troca de experiências internacional. De 12 a 30 de agosto, profissionais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) participaram do Curso Internacional de Manejo de Florestas nos Trópicos da América Latina e do Caribe. A capacitação foi realizada no Campus do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE) em Turrialba, na Costa Rica.
Florestas nativas
O treinamento teve enfoque na governança e legalidade no manejo das florestas nativas e plantadas, apresentando as experiências de restauração e manejo de impacto reduzido, em toda América Latina e Caribe. “O curso nos ajudou a quebrar paradigmas, como a imediata e péssima impressão que temos quando vemos uma imagem de uma pessoa com uma motosserra cortando uma árvore e associamos com devastação e degradação ambiental. Porém, isso nem sempre é verdade. A imagem pode estar relacionada ao aproveitamento de baixo impacto com manejo florestal, que conserva o ecossistema e é sustentável, e que vem mostrando ser muito eficiente na proteção das florestas”, observou um dos analistas do IEF, Marcelo Araki.
Tecnologia
Marcelo Araki contou também que o curso apresentou casos de sucesso como o Panamá, que realiza o rastreamento de madeiras com chip, e a Guatemala, que apresentou as concessões das áreas em Petén, um dos 22 departamentos ao Norte do país, onde os proprietários realizam o manejo florestal sustentável, mantendo a conservação.
Os profissionais discutiram, ainda, temas como política e governança, leis e políticas públicas, conhecendo experiências que envolvem a participação de toda a sociedade para a tomada de decisão. O treinamento incluiu três módulos e duas viagens de campo que abrangeram os temas: Introdução ao manejo florestal; Tecnologias e instrumentos de política e governança para a gestão e conservação florestal, restauração e a luta contra o desmatamento e governança e economia de negócios e comércio floresta legal.
Participaram do curso profissionais do Brasil, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Honduras, Guatemala, Peru e Porto Rico, dentre eles engenheiros florestais, engenheiros agrônomos, biólogos e administradores públicos, que compartilharam experiências sobre manejo florestal, fiscalização, restauração, governança e legislação. A participação dos profissionais mineiros foi financiada pelo Projeto Conexão Mata Atlântica, sem representar ônus para o Estado.
Fonte: Agência Minas